Em países europeus como a Alemanha, a França e a Itália, cápsulas de saw palmetto são utilizadas há pelo menos dez anos por pacientes acometidos por esse mal. E há pesquisas sugerindo que o produto é mesmo eficaz. Uma delas foi publicada na revista médica inglesa “Lancet” em 1998.
“Resultados como estes ajudam a quebrar a resistência que alguns médicos ainda têm quando se trata de utilizar uma planta em tratamentos”, comenta a bioquímica Rozângela Curi Pedrosa, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A pesquisadora procura uma planta similar ao saw palmetto aqui no Brasil.
Fitoterapia x medicamentos tradicionais
Em geral, o paciente que opta por esse medicamento fitoterápico (à base de plantas) toma diariamente cerca de dois comprimidos de saw palmetto com cerca de 160 mg da substância em cada um. A duração do tratamento varia, mas os primeiros resultados passam a ser percebidos a partir do terceiro mês.
Alguns especialistas preferem outras estratégias de combate ao mal. Há remédios como os alfabloqueadores que auxiliam no relaxamento da musculatura pélvica a fim de melhorar o escoamento da urina. “Costumo utilizar os alfabloqueadores como primeira opção porque são mais eficazes e agem mais rápido. Os fitoterápicos reservo para os pacientes mais idosos ou aqueles que podem vir a ter problemas com os efeitos colaterais desses remédios, como queda de pressão arterial”, explica o urologista Cristiano Mendes Gomes, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
É justamente nesse ponto que os defensores do saw palmetto reforçam sua tese. De acordo com eles, o produto não apresenta contra-indicações. “A planta age de maneira menos agressiva. Em vez de dar um remédio que é o próprio hormônio sintetizado, damos uma substância que interfere diretamente na produção desse hormônio”, explica Denise Polato, farmacêutica e diretora da Associação Mineira de Farmacêuticos Homeopatas.