Afinal, o 5G é ou não seguro para a saúde dos seres humanos?
Se você é um entusiasta da tecnologia, então você já pode comemorar.
Até o final de 2019, o 5G deve começar a ser lançado.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos e as empresas de telecomunicações destacam a tecnologia 5G como um grande avanço, porque ela, de fato, melhorará significativamente a comunicação sem fio.
Alguns especialistas afirmam que isso estimulará a inovação e a criação de empregos.
Para quem ainda não conhece, ou mesmo nunca ouviu falar, o 5G representa a quinta geração de telefones celulares.
Atualmente, os telefones celulares 4G (o que a maioria das pessoas tem agora) são um fluxo de dados de 2 gigahertz (GHz). Já um telefone celular 5G, por outro lado, usa ondas milimétricas e é de até 90 (GHz).
E os benefícios são óbvios: mais rapidez, menor tempo de atraso (entre o toque em um link e o carregamento da página) em um milissegundo, maior suporte para conexões.
Isso significa que outros apareljos, além de telefones, laptops e tablets, podem ter uma conexão com a Internet, como fogões, geladeiras, fechaduras.
A intenção é tornar a vida mais fácil criando essa rede interconectada de objetos (Internet das Coisas – IoT) que pode se comunicar entre si e ser controlada remotamente.
Mas infelizmente a novidade pode não ser tão boa assim se consideramos os efeitos – muito – prejudiciais da tecnologia 5G para a saúde humana.
O aumento significativo da exposição a EMF (campos eletromagnéticos ou radiação eletromagnética) é o principal deles.
Em um artigo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) concluiu que, devido à quantidade limitada de pesquisas disponíveis, os EMFs são classificados como cancerígenos de classe 2B.
A IARC explica que os estudos de curto prazo em humanos que usam dispositivos emissores de EMF não são conclusivos.
No entanto, em estudos com roedores, a radiação sem fio foi apontada como causa do câncer ou piora do prognóstico da doença.
Houve alterações adicionais observadas no cérebro e barreira hematoencefálica nestes animais.
Uma revisão de 2017 demonstra claramente que a exposição excessiva a EMFs pode afetar, sim, a saúde humana, causando: estresse oxidativo, mudanças nos níveis de antioxidantes, fadiga, dor de cabeça, diminuição da capacidade de aprendizagem e comprometimento cognitivo.
De acordo com o professor de bioquímica e especialista em efeitos de saúde EMF, doutor Martin Pall, os efeitos potenciais para a saúde incluem: cegueira, perda auditiva ou surdez, grande aumento na infertilidade masculina com queda na contagem de espermatozoides, problemas do sistema nervoso, disfunção tireoidiana, disfunção do sistema imunológico, levando potencialmente à autoimunidade e baixa oxigenação do sangue.
Segundo ele, o impacto sobre as plantas, animais e insetos é tão grave, ou mais, do que o impacto sobre os seres humanos.
Pall acredita que a raiz do problema com o 5G é a falta de testes controlados de seus efeitos potenciais sobre a saúde pública e o meio ambiente em geral (embora ele acredite que as pesquisas existentes sobre outras formas de frequências eletromagnéticas apontem o 5G como uma enorme ameaça).
As duas maiores preocupações para o 5G são a frequência (muito) mais alta e o aumento esperado na exposição para a maioria das pessoas.
Como mencionado anteriormente, o 5G vai operar com uma frequência de até 90GHz enquanto todas as gerações anteriores operam abaixo de 5GHz.
O aumento de “torres” ou células de antena através da comunidade também causará excesso de exposição.
Essas células terão uma área de cobertura máxima de apenas 2 quilômetros (algumas apenas 15 metros).
Portanto, muitas delas serão necessárias para áreas relativamente pequenas.
Mas, felizmente, é possível reduzir drasticamente a nossa exposição ao EMF.
Se você quer apenas transmitir música ou vídeo de vez em quando, continue usando apenas o 4G e mantenha seus aparelhos distantes do seu corpo.
E tem mais: caso você consiga obter o sinal com facilidade, não há motivo para o roteador Wi-Fi precisar estar em sua casa.
Considere colocá-lo na garagem ou na varanda para reduzir os EMFs.
Na hora de dormir, mantenha os dispositivos longe dos quartos.
Desligue o wi-fi à noite também. Isso pode reduzir a exposição a EMF em 33%!
Outra dica é: se você precisar usar um dispositivo, mas não precisar estar conectado, ative o modo avião e considere a conexão por cabo em vez de usar o wi-fi.