Médico faz alerta sobre o perigo que alguns alimentos consumidos pela população, com o aval da medicina e da indústria, representa à saúde.
“Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade.”
A frase é de Joseph Goebbels, o ministro de Propaganda de Adolf Hitler.
Ela sintetiza o que a divulgação de notícias falsas pode fazer ao longo do tempo.
E esse é o ponto de partida do livro “10 mentiras que o seu médico conta que podem matá-lo”, que aborda os mitos divulgados por anos e anos pela medicina, impulsionados pelos interesses da indústria, especialmente a alimentícia, farmacêutica e de mineração.
O resultado dessa maciça divulgação não poderia ser pior: milhões de pacientes desinformados que acreditam em notícias que, além de serem mentirosas, podem matar.
O livro, de autoria de Magno Magalhães, médico e professor da Universidade Estadual do Maranhão e pós-graduado em Dermatologia e Medicina do Trabalho, faz um alerta sobre alimentos e produtos que são consumidos e utilizados pelas pessoas – com aval e respaldo médico.
“O objetivo é estimular a reflexão de todos sobre os hábitos em relação ao consumo dessas substâncias e como mudanças simples no dia a dia podem trazer benefícios importantes à saúde”, explica.
Ao longo da obra, dividida em dez capítulos e 114 páginas, o autor disserta sobre diversas mentiras compartilhadas pelo meio médico e levanta algumas questões consideradas polêmicas.
Magno questiona a verdadeira função de alimentos como soja, leite e margarina, que são vistos pelas pessoas como inofensivos à saúde e que fazem parte do cardápio brasileiro.
Explicando a composição de cada um e como agem no organismo, o doutor Magno Magalhães traz revelações que podem transformar a imagem desses alimentos, já que todos possuem matérias capazes de causar o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer no corpo.
O médico, inclusive, critica o café da manhã típico do brasileiro, formado basicamente, por pão, margarina e leite.
“Eu costumo dizer que a margarina, que está mais para uma versão pastosa de plástico do que para um alimento. Já o leite é o reflexo da mentira que ouvimos durante anos: ele não fortalece os ossos, tampouco evita osteoporose. Por fim, o glúten do pão nada mais é que uma proteína que mata em silêncio”.
Agora, para aqueles que acreditam que o flúor é o grande salvador da pátria, o livro traz péssimas notícias.
O mineral é abordado pelo autor como um grande risco à saúde, mas que a indústria farmacêutica esconde essa informação para que ele possa ser usado na composição de medicamentos, principalmente em antidepressivos.
O colesterol também ganha espaço na obra.
Segundo o médico Magno Magalhães, a substância é essencial ao organismo, porém é tratada com injustiça pelos profissionais da saúde.

Em contrapartida, a homocisteína, um aminoácido, é apresentada como um inimigo silencioso, já que o baixo consumo de ácido fólico e vitaminas B6 e B12 eleva os níveis dessa substância, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
A obra, que tem como objetivo disseminar conhecimento e levantar discussões diante das informações apresentadas, também tem o intuito de alertar os profissionais da saúde e os que iniciarão seus estudos para que tenham cuidado com as pesquisas estudadas, analisando minuciosamente sua veracidade.
Por fim, o título traz um alerta importante sobre o poder das indústrias farmacêutica e alimentícia sobre as substâncias descritas ao longo dos capítulos que fazem mal para a saúde, mas que são usadas na composição de alimentos e medicamentos.
O livro “10 mentiras que o seu médico conta que podem matá-lo”, do professor Magno Magalhães, foi publicado pela editora Pensar e está à venda na Livraria Cultura.