Esse Ă© o tĂtulo do livro de David Servan-Schreiber. É o relato de um mĂ©dico que lutou contra a doença e descobriu uma nova maneira de viver.
David Servan-Schreiber, psiquiatra francĂŞs e pesquisador na área de neurociĂŞncia, apresenta no seu livro Anticâncer um brilhante levantamento de estudos cientĂficos e terapias alternativas para prevenir e vencer a doença usando nossas defesas naturais.
Numa abordagem inédita, propõe a prática de prevenção e acompanhamento dos tratamentos clássicos, que resulta numa biologia anticâncer.
David venceu um tumor no cĂ©rebro há mais de quinze anos e resolveu compartilhar sua experiĂŞncia pessoal e seu conhecimento neste livro, que se consagrou como sucesso internacional, publicado em 26 paĂses.
O autor foi tratado pelos mĂ©todos convencionais, teve uma recaĂda e foi entĂŁo que decidiu pesquisar, para alĂ©m dos mĂ©todos habituais, tudo o que podia ajudar seu corpo a se defender. Ele traçou seu caminho de cura aliando a medicina convencional a práticas e alimentação saudáveis.
SĂŁo abordados todos os aspectos referentes Ă doença, desde a sua formação, tipos, fatores de agravamento, casos ilustrativos, o meio ambiente, as lições da recaĂda, os relacionamentos, as emoções, o medo, a presença da ideia da morte, a importância das emoções, o sistema imunolĂłgico, desintoxicação, terapias naturais, atividade fĂsica, os contaminadores e os alimentos anticâncer.
Glóbulos brancos e alimentação
As diferentes pesquisas sobre a atividade dos glĂłbulos brancos mostram que eles reagem Ă alimentação, ao meio ambiente, Ă atividade fĂsica e Ă vida emocional.
Toda a literatura cientĂfica nos leva a concluir: uma pessoa que quer evitar o câncer deve limitar seriamente sua ingestĂŁo de açúcar e de farinhas brancas.
É preciso comer pĂŁo multigrĂŁo, a fim de retardar a absorção dos açúcares rápidos do trigo. O mesmo se pode dizer do arroz branco, que deve ser substituĂdo pelo arroz integral, com baixo Ăndice glicĂŞmico.
Hoje os estudos nutricionais ocidentais revelam que 56% de nossas calorias provêm de três fontes que não existiam no momento em que nossos genes se desenvolveram: os açúcares refinados, as farinhas brancas e os óleos vegetais. Sabe-se hoje em dia que os picos de insulina estimulam diretamente não apenas o crescimento das células cancerosas, mas também sua capacidade de invadir os tecidos vizinhos.
Ômega-3 e ômega-6
O Ă´mega-3 e o Ă´mega-6 presentes no nosso corpo estĂŁo em permanente competição pelo controle de nossa biologia. O Ă´mega-6 facilita a estocagem das adiposas, a rigidez das cĂ©lulas, a coagulação e as respostas inflamatĂłrias Ă s agressões exteriores. O Ă´mega-3, ao contrário, atua na constituição do sistema nervoso, torna as cĂ©lulas mais flexĂveis e acalma as reações de inflamação. Limita tambĂ©m a fabricação de cĂ©lulas adiposas.
O equilĂbrio da fisiologia depende estreitamente do equilĂbrio entre Ă´mega-3 e Ă´mega-6. Essa relação Ă© a que mais mudou na nossa alimentação em cinquenta anos.
O grĂŁo e a terra
A relação entre o desenvolvimento do câncer e a alimentação
A iniciação depende de nossos genes ou das toxinas presentes no nosso meio ambiente. Mas seu crescimento depende da existência de condições indispensáveis à sua sobrevida (uma terra favorável, água e sol).
A promoção pode ser reversĂvel, dependendo do fato de o primeiro microtumor canceroso receber ou nĂŁo as condições necessárias ao seu crescimento. É nesse nĂvel que os fatores nutricionais desempenham um papel bastante importante.
Alguns desses fatores (os “promotores”) alimentam o crescimento do câncer. Outros (os “antipromotores”) o desaceleram. O câncer prospera quando há mais promotores do que antipromotores. Ele desacelera ou para quando os antipromotores dominam.
Mesmo quando as condições nutricionais de promoção máxima do câncer estão reunidas – como é o caso da dieta ocidental –, estima-se que menos de uma célula cancerosa em 10 mil consegue virar um tumor capaz de invadir os tecidos.
Agindo sobre o terreno onde sĂŁo depositados esses grĂŁos de câncer, Ă©, pois possĂvel reduzir consideravelmente suas chances de se desenvolver.
Provavelmente é o que acontece com os asiáticos, que têm tantos microtumores quanto os ocidentais no corpo, mas, neles, os tumores não se tornam cancerosos agressivos.
A alimentação age todos os dias, três vezes por dia. Ela tem, portanto, uma influência considerável sobre os mecanismos biológicos que aceleram ou diminuem a marcha da progressão do câncer.
Alimentos que funcionam como remédios
Se certos alimentos de nossa dieta podem servir de adubo para os tumores, outros, ao contrário, guardam preciosas moléculas anticâncer. Além dos tradicionais minerais, vitaminas e antioxidantes, descobertas recentes vão bem além: chá verde, alho, repolho, alecrim, framboesa, uva, gengibre, soja, cogumelo, brócolis, cúrcuma, curry, tomilho, lentilha, ervilha, feijão, tofu, chocolate amargo, ômega-3, vitamina D, probióticos, cereais (arroz integral, pão multigrão, quinua, trigo para quibe), azeite de oliva, algas, suco de romã, vinho tinto e tomate.
Fonte: Aloe Vita (texto adaptado)