Se você quer se proteger contra o mal de Alzheimer, é preciso mudar hoje mesmo o seu estilo de vida, e um bom começo é adotar estes nove hábitos.
Confusão mental, dificuldade de concentração, incapacidade de fazer cálculos simples, agressão, inquietação, irritabilidade, alucinação, depressão ou paranoia. E
sses são alguns dos sinais da doença de Alzheimer, principal tipo de demência.
No Brasil, acredita-se que quase 2 milhões de pessoas têm demências, e cerca de 40 a 60% delas são Alzheimer, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Demência, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, é um termo geral para um declínio na capacidade mental grave suficiente para interferir na vida diária.
A demência é caracterizada pelo comprometimento de pelo menos duas dessas funções mentais:
- Memória
- Comunicação e linguagem
- Capacidade de se concentrar e prestar atenção
- Raciocínio e julgamento
- Percepção visual
A doença progressiva causa danos às células cerebrais e interfere na comunicação celular.
Isso afeta o pensamento, o julgamento, o movimento, o comportamento e os sentimentos.
Fatores como uso excessivo de álcool e tabaco, colesterol alto, velhice, pressão alta, dieta pobre, deficiências de vitaminas e falta de atividade física, além de histórico familiar, são considerados de risco para a demência.
Você faz parte desse grupo de risco?
Pois se você quer se proteger contra a doença de Alzheimer, é preciso mudar hoje mesmo o seu estilo de vida.
Pare de fumar
Sabemos que o cigarro aumenta o risco de morrer de câncer e doenças cardíacas, mas acredite: fumar aumenta bastante também o risco de desenvolver demência na velhice.
A razão para isso parece ser o fato de que fumar contribui para o estresse oxidativo e a inflamação do corpo.
Veja quais são as 8 alternativas naturais para diminuir a vontade pelo cigarro e ajudar a parar de fumar.
Faça atividade física regularmente
A atividade física estimula a circulação de oxigênio e nutrientes para o cérebro e ajuda a prevenir fatores de risco para o Alzheimer como diabetes e hipertensão.
Em um estudo, pesquisadores da Cleveland Clinic, em Ohio, recrutaram quase 100 homens e mulheres mais velhos, com idade entre 65 e 89 anos, alguns dos quais com histórico familiar de doença de Alzheimer.
Os participantes foram divididos em quatro grupos:
O grupo que não praticou exercícios sofreu atrofia significativa do hipocampo em apenas 18 meses e a estrutura cerebral encolheu em média 3%.
O grupo que se exercitou não experimentou nenhuma mudança em seu hipocampo.
Para estimular seu cérebro, faça exercícios moderados pelo menos 3 vezes por semana e mova-se pelo menos 30 minutos por dia.
Tome vitamina B
As vitaminas B reduzem os níveis de uma molécula conhecida como homocisteína no sangue.
Essa molécula danifica o sistema vascular e pode causar derrame, doenças cardíacas e outros problemas vasculares, que têm um efeito devastador em seu cérebro.
Além disso, níveis elevados de homocisteína causam prejuízo cognitivo e baixo desempenho do cérebro, aumentam o risco de demência e o encolhimento do cérebro.
Inclua alimentos ricos em vitamina B (ácido fólico, vitaminas B6 e B12) em sua dieta.
Conheça os sintomas da deficiência de vitamina B12 – a ameaça silenciosa que pode destruir seu cérebro.
Tome Vitamina D
Além de aumentar a imunidade, a vitamina D, produzida pelo corpo quando a pele é exposta à luz solar direta, é crucial para a saúde mental e função cognitiva.
Um estudo realizado com 1.600 idosos descobriu que a deficiência de vitamina D estava ligada à doença de Alzheimer.
Aqueles com deficiência grave de vitamina D tinham duas vezes mais chances de desenvolver Alzheimer e demência do que aqueles que tinham níveis adequados da vitamina.
A dica é se expor ao sol (sem protetor solar) por pelo menos 15 minutos por dia.
Exercite seu cérebro
Nunca deixe de ler, estudar e adquirir novos conhecimentos e informações.
Aprender novas informações força seu cérebro a se reorganizar para abrir espaço para novos conhecimentos.
Ele também tem que criar novas neuropatias para conectar informações novas e existentes.
Estudo canadense descobriu que ser bilíngue auxilia a função cognitiva e até mesmo atrasa o início da demência em pacientes com provável doença de Alzheimer em quatro anos, em média.
Para outras variedades de demência, o início foi atrasado em média três anos.
Além disso, praticar jogos que estimulam o cérebro – como palavras cruzadas, sudoku e xadrez – também ajuda.
Evite lesões na cabeça
Todos nós sabemos que bater a cabeça é algo muito grave.
Alguns ferimentos na cabeça podem realmente aumentar o risco de desenvolver demência em algum momento na vida, especialmente se causar de 30 minutos a 24 horas de inconsciência após a lesão inicial.
Se for andar de bicicleta, patinar, esquiar ou praticar esportes aquáticos, use capacete para proteger sua cabeça e reduzir o risco de demência.
Controle a ingestão de álcool
O risco de doença de Alzheimer e demência vascular aumenta com o consumo excessivo de álcool.
A recomendação é beber de forma bem moderada.
Mantenha seu peso controlado
O excesso de peso pode causar diabetes, colesterol alto e obesidade.
E essas doenças são fatores de risco para o Alzheimer.
Por isso, mantenha uma alimentação saudável e seu peso em dia.
Interaja socialmente
Você sabia que passar muito tempo sozinho, isolado, pode desgastar seu cérebro?
É verdade.
Os seres humanos são criaturas sociais e conviver com as pessoas é fundamental para prevenir a doença de Alzheimer.